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quarta-feira, 28 de novembro de 2012

PROJETO: CANTANDO, BRINCANDO E ENCANTANDO


PROJETO: CANTANDO, BRINCANDO E ENCANTANDO
PROFESSORAS: ELIANA E THAISY
TURMA: CRECHE II A

O Projeto “Cantando, Brincando e Encantando” foi desenvolvido no CMEI Ciranda do saber, pelas professoras Eliana Lopes Fontoura e Thaisy Weinert Pinheiro, com os vinte e seis alunos da creche ll  A no período de Maio a Setembro de 2012.
Este Projeto abordou cantigas de roda, como um dos fatores fundamentais ao desenvolvimento das aptidões físicas e mentais da criança, sendo um agente facilitador para que esta estabeleça vínculos sociais com os seus semelhantes, descubra sua personalidade  e aprenda a viver em sociedade.
Percebemos que as crianças demonstram interesse e alegria nos momentos das rodas cantadas e brincadeiras, interagindo e participando com entusiasmo, a partir desse envolvimento resolvemos iniciar o Projeto “Cantando, Brincando e Encantando”.
Surgiu então a necessidade de abordarmos o assunto "jogos e brincadeiras infantis" não apenas como simples entretenimento, mas como atividades que possibilitam a aprendizagem de várias habilidades.  Muitas brincadeiras foram adaptadas ao meio em que a criança vive, mas o folclore infantil resiste heroicamente à modernidade, às suas ideologias e tecnologias. Em todos os meios de comunicação as cantigas e brincadeiras cantadas sob a influência da família ou dos professores fazem com que as crianças sejam estimuladas desde muito cedo, desenvolvendo o gosto musical.
O abandono da prática dos brinquedos cantados e a inserção dos brinquedos tecnológicos tem levado a criança ao isolamento em relação a família e a sociedade, pois a vida da criança tem sido colocada na vida dos adultos.Os pais por não disponibilizarem de tempo, criam uma agenda de atividades preenchendo todo o tempo das crianças não sobrando tempo para as brincadeiras , com isso a prática das brincadeiras populares vão se distanciando cada vez mais das crianças tornando as sem uma infância feliz.
As cantigas de roda são basicamente folclóricas. As letras, melodias e ritmos são bastante lúdicos, envolvendo de maneira coletiva várias brincadeiras, danças e trava-línguas. As cantigas de roda foram  ótimas para a socialização e desinibição da criança ao provocar o olhar frente a frente com o outro, o toque corporal, e a exposição consentida; pois em muitas das cantigas a criança colocou-se ao centro da roda e  onde foi visto por todos. Além disso, desenvolvemos também o senso rítmico pela música e pelo movimento corporal que ela cria.
À medida que a criança ampliava suas experiências e cresce, as brincadeiras cantadas foram tomando uma dimensão mais socializadora, os participantes se encontram, tinham uma atividade comum e aprenderam  a coexistência com tudo que lhes possibilita aprender, como a lidar com o respeito mútuo, partilhar brinquedos, dividir tarefas e tudo o que implica numa vida coletiva.
O meio ambiente foi estimulado tanto a atividade mental como emocional, pois é isso que fez crescer a delicada rede de conexões que aflorou o desenvolvimento cognitivo.
Identificar os próprios gostos e preferências, conhecer habilidades e limites, reconhecer-se como um indivíduo único, no meio de tantos outros igualmente únicos. Esse processo de autoconhecimento, que tem início quando nascemos e só termina no final da vida, é influenciado pela cultura, pelas pessoas com as quais convivemos e pelo ambiente. A escola, assim, tem papel fundamental na construção da identidade e da autonomia de cada criança. Segundo o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Ouvir música, aprender uma canção, brincar de roda, realizar brinquedos rítmicos, jogos de mãos etc., são atividades qual despertam, estimulam e desenvolvem o gosto pela atividade musical, alem de atenderem a necessidades de expressão que passam pela esfera afetiva, estética e cognitiva.
As cantigas de roda, também conhecidas como cirandas são brincadeiras que consistem na formação de uma roda, com a participação de crianças, que cantam músicas de caráter folclórico, seguindo coreografias. São muito executadas em escolas, parques e outros espaços frequentados por crianças. As músicas e coreografias são criadas por anônimos, que adaptam músicas e melodias. As letras das músicas são simples e trazem temas do universo infantil. Cantigas de Roda são um tipo de canção popular, que está diretamente relacionada com a brincadeira de roda. A prática é comum em todo o Brasil e faz parte do folclore brasileiro. Consiste em formar um grupo com várias crianças, dar as mãos e cantar uma música com características próprias, como melodia e ritmo equivalentes à cultura local, letras de fácil compreensão, temas referentes à realidade da criança ou ao seu universo imaginário e geralmente com coreografias.
Elas também podem ser chamadas de cirandas, e têm caráter folclórico. Esta prática, hoje em dia não tão presente na realidade infantil como antigamente devido às tecnologias existentes, é geralmente usada para entretenimento de crianças de todas as idades em locais como colégios, creches, parques, etc.
Há algumas características que elas têm em comum, como por exemplo a letra. Além de ser uma letra simples de memorizar, é recheada de rimas, repetições e trocadilhos, o que faz da música uma brincadeira. Muitas vezes fala da vida dos animais, usando episódios fictícios, que comparam a realidade humana com a realidade daquela espécie, fazendo com que a atenção da criança fique presa à história contada pela música, o que estimula sua imaginação e memória. São os casos das músicas “A barata diz que tem”, “Peixe vivo” e “Sapo Jururu”. As cantigas hoje conhecidas no Brasil têm origem européia, mais especificamente de Portugal e Espanha. Não é notável, porém, esta origem, pois as mesmas já se adaptaram tanto ao folclore brasileiro que são o retrato do país.
Segundo os RCNI, as rondas ou brincadeiras de roda integram poesia, música e dança. No Brasil, receberam influência de várias culturas, especialmente as lusitana, africana, ameríndia, espanhola e francesa: “A moda carranquinha”, “Fui no Itororó”, “Você gosta de mim”, ”A linda rosa Juvenil”, “ A canoa virou”, Ou “Terezinha de Jesus”.
A dança circular tem tudo a ver com a proposta dos jogos cooperativos, pois servem para unir pessoas em torno de um objetivo comum, tornando-se mais uma estratégia rumo a uma pedagogia cooperativa.
Trabalhando de mãos dadas, conseguimos passar confiança uns para os outros, apoio mútuo, acolhida sincera e cooperação. A energia também pode circular entre os participantes e tornar a todos preparados para a dança e também para vida. O círculo simboliza a unidade e a totalidade , e também não existem melhores ou piores, todos comungam de um mesmo ideal.Também assistimos ao grupo em busca de uma harmonia em que todos se ajudam para superar os erros. Para Reinaldo Soler, antes de uma dança circular partimos do caos para alcançar a organização, em que a colaboração de cada um é essencial para vitória de todos.
No Brasil, temos várias expoentes que estudam e difundem a proposta das danças. Segundo Barreto, a prática da dança traz alguns benefícios, entre eles o fortalecimento das necessidades que cada um tem de ocupar o seu lugar no espaço.
As cantigas de roda são de extrema importância para a cultura de um local. Através dela dá-se a conhecer costumes, cotidiano das pessoas, festas típicas do local, comidas, brincadeiras, paisagem, flora, fauna, crenças, dentre muitas outras coisas. O folclore de determinado local vai sendo construído aos poucos através não só de cantigas de roda, mas também de histórias populares contadas oralmente, cantigas de ninar, lendas, etc.
De acordo com Cascudo (1988), autor que se destaca pelo seu brilhante estudo e grande empenho a respeito do assunto, as cantigas de roda tem um caráter constante. “(…) apesar de serem cantadas uma dentro das outras e com as mais curiosas deformações das letras, pela própria inconsciência com que são proferidas pelas bocas infantis.” (ibid., p 676). Elas são transmitidas oralmente abandonadas em cada geração e reerguidas pela outra “numa sucessão ininterrupta de movimento e de canto quase independente da decisão pessoal ou do arbítrio administrativo.” (ibid., p. 146 )
A modernidade tem muitas e muitas vantagens. Os computadores e a Internet permitiram aos educadores ter um acesso muito mais ligeiro e variado a fontes de pesquisa e aperfeiçoamento. Com o uso da Web e de todos os seus recursos podemos elaborar estratégias, incrementar nossas aulas, variar instrumentos e, principalmente, encantar mais nossos alunos. Ao usarmos filmes e músicas gravadas em CDs podemos não apenas interessar mais os estudantes nos tópicos que estamos retratando, há também a possibilidade de desencadear inúmeros projetos que podem nos ajudar a efetivar a educação.
Mas, ao mesmo tempo em que desfrutamos de todos esses importantes recursos não devemos abrir mão de ferramentas e práticas que fizeram tanto sucesso num passado próximo ou longínquo. Pelo contrário, devemos tentar atualizar sua utilização de forma a transformá-los em instrumentos que nos possibilitem mexer com os estudantes, fazê-los colocar a mão na massa e, literalmente, permitir que eles interajam com o mundo real.
Iniciamos nosso projeto com a música “Se eu fosse um peixinho” trabalhamos atividades de pintura, dobradura, colagem e chamada com o peixinho  Nemo.
Fizemos uma almofada  de peixinho onde as crianças desfiaram fibra para preecher os espaços vazios,na confecção do jogo de boliche ultilizamos papeis em diferentes cores. 
Na música ‘Fui morar numa casinha”brincamos de esconde esconde na barraca, fizemos uma parede de espuma com jogo de encaixe ultilizando tampinhas de amaciante.     
Cantamos a música “Casa muito engraçada” e confeccionamos com as crianças o jogo de encaixe  com formas geometrica com sucata e construimos uma casa em forma de quebra cabeça.
Depois de cantar a música ‘Ciranda cirandinha’ confeccionamos com as crianças um tapete com a identidade de cada criança e cantamos a música brincando de roda.
  Após cantar a música “Coelhinho da Páscoa” cada criança confeccionou o seu coelho com rolo de papel, brincamos e exploramos movimentos e representações. Trabalhamos as cores  vermelho, azul e amarelo com as crianças. Com a chegada do dia das mães trabalhamos a dramatização da música ‘A linda rosa juvenil”, fizemos fantasias para que cada criança pudesse  se caracterizar.e para incrementar presenteamos as mamães com um lindo cartão desenhando a nossa mãozinha e colando flores em diversas cores.
Com a colaboração da professora Leila Mileski , organizamos um dia de atividades que proporcionou momentos de interação com todas as turmas e funcionários.Realizamos atividades relacionadas à música e cantigas de roda com as turmas de 0 a 3 anos de idade no solário  e continuamos com as demais turmas de 4 a 5 anos no pátio do Cmei . 
Depois de cantar a música ‘Sai sai peixinho da lagoa confeccionamos o acqua  play com brinquedos onde  foi coletado e agrupado pequenos objetos que associavam números a quantidade, exploramos partes do corpo criando novos desenvolvendo a cooperação e o respeito entre colegas de turma.
Cantamos a música O trem maluco, passeamos pelos trilhos do CMEI até chegar ao trem da alegria da professora Etelvina. Nos divertimos na melodia Lá vem o trem com a creche III B.
Enchemos caixinhas de leite  com jornal amassado para confeccionar os vagões do trem , pintamos rolinhos de tnt com tinta guache e brincamos com fantoches de vara corelacionando numeros e quantidades.
Na cantiga atirei o pau no gato trabalhamos a identidade , cada um procurou o seu nome no tapete pedagógico.Construimos  um gato com materiais recicláveis.
Na música ‘Não atire o pau no gato” conscientizamos as crianças a terem cuidado com seus animais domésticos, e brincamos com o jogo cai, cai gatão.
 Manipulamos diferentes papéis de variadas cores levando a criança a criar seu gato.Cantamos a música e exploramos sons de animais.
 Decoramos a sala com um lindo painel de festa junina utilizando diferentes  técnicas como :mosaico com papel, pintura esponjada e serragem. Cantarolamos Cai cai balão desenvolvemos variados gestos, nos caracterizamos e participamos e degustamos comidas típicas de festa junina do CMEI.
Na integração família, aluno realizamos uma manhã de brincadeiras  com pais e alunos no bosque da igreja São Judas.Contamos com a cooperação dos pais  cuidando e brincando junto com as crianças , no qual foi muito divertido.    
Cantamos roda cotia ,brincamos de corrida do sapato vaolrizando o esquema corporal.        Na músicas “Essa é a história da serpente” nos divertimos  no parquinho enchemos garrafas para confeccionar uma serpente.
Realizamos brincadeiras de roda cantando a música  Essa é a história da serpente , estabelecendo vínculos afetivos convidando os colegas para formar a serpente.     
Modelamos serpentes de diferentes tamanhos, cores e espessuras, desenvolvendo a coordenação motora, imaginação e a criatividade das crianças.
   Com a cantiga carneirinho carneirão trabalhamos diferentes texturas, na construção de um quebra cabeça no espaço do soninho.         
  Depois de cantar a música ‘Fui no mercado “ confeccionamos uma caixa de encaixe com partes do corpo que foram pintadas por nossos alunos.Ainda na música Fui no mercado relacionamos itens como paisagens e animais que compõem a natureza utilizando de materiais reciclados , pintura e colagem.
  Para finalizar o projeto realizamos a caixa Qual é a música ?,trazendo dentro objetos e pequenos brinquedos que representavam  as  músicas trabalhadas no decorrer do projeto, onde as crianças cantarolavam a música a que se associava ao brinquedo.
A avaliação do processo de ensino e aprendizagem das atividades desenvolvidas no Projeto Brincando Cantando e Encantando priorizou tanto os aspectos qualitativos quanto os quantitativos.
As atividades realizadas enriqueceram as ações do nosso projeto unindo esforços e participação da família de nossos alunos que foram envolvidas e conscientizadas sobre o que seus filhos estavam aprendendo. Também  tivemos a colaboração da equipe , funcionários e professores estimulando ao desenvolvimento do projeto e cooperação de todos.
Exploramos e vivenciamos experiências sensoriais e corporais através das cantigas de roda e jogos cooperativos, em que a criança percebeu que pode agir de outra forma, senão a forma competitiva, enfatizando a dimensão do ser criança, expressão dos seus gestos, movimentos, brincadeiras,   linguagem própria e elementos advindos da cultura onde está inserida.
Encerramos o projeto com a reflexão sobre o processo avaliativo este sendo considerado como ponto importante verificando avanços no desenvolvimento das crianças.