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quarta-feira, 28 de novembro de 2012

PROJETO: NOS TRILHOS DO CONHECIMETNO


PROJETO: NOS TRILHOS DO CONHECIMENTO
PROFESSORAS: ETELVINA E SILMARA
TURMA: CRECHE III B

O Projeto foi desenvolvido com a turma da creche III B do Centro Municipal de Educação Infantil Ciranda do Saber, pelas professoras Etelvina da Apª Oliveira Souza e Silmara J. C. Marcondes, com 25 crianças na faixa etária entre 3 e 4 anos, no período de abril a agosto de 2.012.
O tema abordado surgiu devido à grande euforia demonstrada pelas crianças no momento em que o trem passa o que, geralmente, coincidia com o horário de café. Dessa forma, observamos que as crianças, no geral, gostam do trem e demonstram interesse através de brincadeiras, pois o mesmo acaba fazendo parte do dia a dia do CMEI. Percebemos que mesmo o trem estando presente no cotidiano da comunidade, pouco conhecimento se tinha a respeito do mesmo. Assim o projeto proporcionou conhecimentos através do brincar e de situações reais que nos cercam, tornando-os mais significativos para os educandos e despertando sua curiosidade, natural dessa faixa etária.
Tivemos como objetivos em nosso projeto estimular a curiosidade; analisar e interpretar o cotidiano da comunidade; pesquisar a relação entre o trem e o ambiente; despertar o espírito crítico e investigativo; ampliar a noção temporal e espacial; explorar meios de transporte e suas diferenças básicas; diversificar formas de conhecimento; incluir e acolher a família no aprendizado do aluno; identificar diferentes formas de locomoção; desenvolver a criatividade, a fantasia e socialização; reconhecer formas, cores e tamanhos; incentivar hábitos de cuidados com objetos; possibilitar o desenvolvimento da autonomia e domínio do corpo; expressar gestos e movimentos através da música. Segundo os Rcn’s, o espaço na instituição de Educação Infantil deve propiciar condições para que as crianças possam usufruí-lo em beneficio do seu desenvolvimento e aprendizagem. Deve ser pensado de acordo com as necessidades dos alunos e dos projetos desenvolvidos. Os vários momentos do dia demandam de espaço livre para movimentação corporal ou ambientes para aconchego ou maior concentração. Nas salas, a forma de organização pode comportar ambientes para jogos, artes, faz de conta, leitura etc.
Os brinquedos constituem-se, em objetos privilegiados da educação das crianças. São objetos que dão suporte ao brincar e podem ser das mais diversas origens, materiais, formas, texturas, tamanho e cor. Nas brincadeiras as crianças podem desenvolver capacidades importantes, tais como a atenção, a imitação, a memória, a imaginação. Para Friedrich Froebel, as brincadeiras são o primeiro recurso no caminho da aprendizagem, não são apenas diversão, mas um modo de criar representações do mundo concreto com a finalidade de entendê-lo. O educador acreditava que as crianças trazem consigo uma metodologia natural que as leva a aprender de acordo com seus interesses e por meio de atividade prática.
O desenvolvimento da linguagem oral e escrita na criança se da por meio de atividades atraentes, num ambiente aconchegante, livros de diversos gêneros, de diferentes autores, revistas, histórias em quadrinhos, jornais, fantoches, dedoches, máscaras para serem utilizadas durante dramatizações de histórias, estes materiais devem estar a disposição das crianças para serem manuseados. A aprendizagem em relação aos cuidados no manuseio desses materiais implica em procedimentos e valores que só poderão ser aprendidos se as crianças puderem manuseá-los. Desta maneira Maria Montessori nos faz refletir que o caminho do intelecto passa acontece por meio do movimento e do toque que as crianças exploram e decodificam o mundo a seu redor, as crianças aprendem melhor pela experiência direta de procura e descoberta. “A criança ama tocar os objetos para depois reconhecê-los”.
As crianças pequenas estão começando a conhecer o mundo e a estabelecer as primeiras aproximações com ele. As situações cotidianas oferecem festas, as histórias oportunidades privilegiadas para o trabalho com a especificidade das ideias matemáticas. As festas, as histórias e, os jogos e as brincadeiras permitem a familiarização com elementos espaciais e numéricos, sem imposição. As modificações no espaço, a construção de diferentes circuitos de obstáculos com cadeiras, mesas, pneus e panos por onde as crianças possam engatinhar ou andar, subindo, descendo, passando por dentro, por cima, por baixo, permitem a construção gradativa de conceitos matemáticos, dentro de um contexto significativo, ampliando experiências. As brincadeiras de construir torres, pistas para carrinhos e cidades, com blocos de madeira ou encaixe, possibilitam representar o espaço numa outra dimensão.
Foram realizadas diversas atividades em nosso projeto, dentre elas algumas merecem destaque:
Realizamos uma caminhada até o pátio no momento em que o trem passa para que as crianças pudessem observá-lo. Foi grande a euforia das crianças.
Passamos para a organização dos espaços, relacionados com o tema, criando assim a estação brincando com os números, nesse espaço os alunos tiveram contato com jogos tais como: boliche feito com garrafas pet e tinta guache; lego;  um tapete em forma de trilho, feito com papelão, EVA, fita adesiva na cor preta, tinta guache na cor verde, fita adesiva, plástico transparente, esse tapete tem uma amarelinha no centro, onde as crianças se divertiam pulando a amarelinha e identificando os números; um trem com tampinhas, feito com potes de sorvete, EVA, tampinhas, onde as crianças puderam conhecer as cores, classificá-las e usar a imaginação; além de um barril com brinquedos: ursos, bonecas, carrinhos, para decorar o barril usamos tinta verde, EVA, lã colorida.
Esse é o espaço Brincando com a Imaginação, confeccionamos um tapete usando papelão, TNT, EVA, fita adesiva e plástico transparente, decoramos o tapete com a musica Piuí, Piuí, Piuí; também confeccionamos um alfabeto em forma de móbile, usando para isto: elástico colorido, brinquedos e objetos, em cada elástico foi pendurado uma letra do alfabeto e também um brinquedo ou objeto cujo nome iniciasse com a letra correspondente, por exemplo: letra P=PEIXE, foram disponibilizados duas barricas com livros e revistas onde as crianças tiveram a oportunidade de manuseá-los.
Passeando no trem da alegria: aproveitando a visita do trenzinho da alegria em nossa cidade, levamos as crianças para passear,
 Realizamos uma visita a estação ferroviária, onde os alunos puderam andar sobre os trilhos desativados, também realizamos uma entrevista com o responsável para saber mais a respeito do trem.
 O que será que tem dentro desse trem? Com a entrevista realizada descobrimos que o trem sai de Ponta Grossa e vai até Telêmaco Borba buscar papel. Fizemos uma roda de conversa com os alunos, para relembrar o que aprenderam, em seguida a professora desenhou um trem e os alunos colaram papel picado sobre os vagões.  
Montamos o painel referente ao projeto, juntamente com os alunos, representando assim o espaço em relação ao trem.
 Com auxílio das estagiarias Helen e Wandreza, confeccionamos um trem usando caixas de papelão, TNT colorido, EVA, em cada vagão montamos um espaço: vagão da imaginação, vagão brincando com números, vagão das brincadeiras, em seguida recortamos as portas no formato de círculo, triângulo, retângulo e quadrado, depois fizemos grupos de alunos para colorir com tinta guache as portas. Logo após as crianças brincaram de encaixar as portas nos vagões, identificando assim as cores e formas.
É hora de viajar nesse trem! Esse foi o primeiro momento em que os alunos entraram e brincaram pra valer no trem, cantaram músicas como: O trem maluco, Piuí, piuí, piuí, O trenzinho de Jesus, Na estação cedo de manhã... Em seguida registraram o trem em forma de desenho.
Na brincadeira da serpente, realizada no pátio do Cmei, cada aluno colou o seu nome nos trilhos, tendo de procurá-lo dentre os nomes de seus colegas. Foi uma atividade onde as crianças desenvolveram a percepção visual e auditiva e linguagem oral e escrita, tendo assim o conhecimento do seu nome.
Explorarando o trilho do CMEI, andaram sobre ele, cantaram diversas músicas e se divertiram de montão.
Piuí, piuí, piuí, coloque a mão no meu ombro: Essa foi uma das músicas cantadas pela professora e alunos em diferentes momentos, mas sobretudo na hora de se organizar para ir ao refeitório.
Piuí, piuí, piuí abacaxi, choc, choc, choc, choc por aí... Fomos até a sala do Pré I A, para contarmos aos alunos um pouco sobre o nosso projeto, cantamos a música trenzinho de Jesus e convidamos a turma para brincar no trem. Neste dia, tivemos a visita da turma da creche II A, e do Pré II A  que participaram da nossa viagem de trem.
Ouvir, recontar, dramatizar... Foi uma atividade em que a professora contou a história do quadradinho, onde envolveu as formas geométricas e as cores podendo assim reconhecerem e identificarem as mesmas através da confecção de máscaras, livros e das brincadeiras.
Para melhor assimilação das atividades apresentadas, mostramos para as crianças os filmes referentes ao projeto: “O trem e a vaca, o trem de ferro, Thomas e friends e o trenzinho de Jesus “ que além de desenvolver a percepção visual e auditiva, trouxe conhecimento sobre o trem.
 Durante o desenvolvimento do projeto percebi que os alunos já se tornaram bastante independentes, já tem autonomia para realizar as brincadeiras que aprenderam, adoram cantar e fazer coreografia das músicas trabalhadas. O projeto também ampliou o conhecimento e o interesse pelas histórias e dramatizações. Através dos jogos e brincadeiras as crianças vivenciaram uma série de situações envolvendo números, cores, relação entre quantidade, classificação de objetos, comparações, o que aproximou os alunos das noções matemáticas presentes no seu cotidiano.
















  REFERÊNCIAS

Nova escola, revista, edição especial nº 25, págs: 48 49 e 66.
Rcn’s, Linguagem Oral, vol III, pág: 155 156.
Rcn’s, Matemática, vol III, pág: 213 e 235.
Rcn’s, Jogos e Brincadeiras, vol II, pág: 49.
Rcn’s, Versatilidade do espaço e Recursos materiais